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A concessão de crédito deve ser feita com cautela em períodos de crise financeira.

A concessão de crédito deve ser feita com cautela em períodos de crise financeira. A inadimplência das empresas tem crescido nos últimos anos, fazendo com que os riscos se tornem maiores para as empresas de crédito. Como analisar o crédito de pessoa jurídica corretamente se tornou um desafio frequente para analistas e gerentes da área.

A melhora dos resultados e o aperfeiçoamento da qualidade das vendas e dos serviços prestados serão alcançados se a empresa tiver cautela. Afinal, a saúde financeira do negócio deve ser a prioridade do gestor — e para alcançar esse patamar é essencial controlar as taxas de inadimplência do seu negócio.

Para evitar problemas financeiros no futuro, as empresas devem buscar formas de  contornar as dificuldades e isso só será possível quando uma análise de crédito pessoa jurídica for feita da forma adequada. 

Pensando nisso, preparamos este artigo sobre a concessão de crédito deve ser feita com cautela em períodos de crise financeira, com algumas dicas sobre como analisar crédito pessoa jurídica para lhe ajudar a fazer uma análise de crédito correta, reduzir as taxas de inadimplência e evitar riscos para a saúde da empresa. Ficou interessado?

Continue a leitura!

As diferenças entre crédito e financiamento 

Antes de tudo, é importante definir corretamente a diferença entre crédito e financiamento. Podemos definir o crédito como uma operação na qual a empresa disponibiliza um valor em dinheiro para seu cliente, enquanto escritura um montante igual a receber — acrescido dos juros.

Já uma proposta de financiamento consiste em planejar como os recursos serão gastos e para qual finalidade serão direcionados. Assim, quem o concede pode analisar mais especificamente a probabilidade de retorno ou não do recurso disponibilizado.

É o que acontece em financiamento de imóveis, máquinas, veículos, por exemplo. Normalmente, esses itens são as próprias garantias de negociação. Ou seja, caso a dívida não seja paga pelo credor, a empresa financeira pode tomar o bem financiado.

Em uma transação de crédito, onde o objeto da negociação é o próprio dinheiro, que será utilizado em diferentes fins, não há opção de resgate do valor. Por esse motivo, as análises de crédito devem ser ainda mais criteriosas.

OS C’S DO CRÉDITO

Na primeira parte da publicação “Como aplicar o conceito de risco na análise do crédito?”, Gustavo Cerbasi traz algumas dicas importantes sobre a análise do crédito correta, destacando os principais pontos a serem estudados antes de assinar um contrato.

O autor chama esses pontos de os 6 C’s do crédito, que são:

  1. Caráter;
  2. Capacidade;
  3. Capital;
  4. Colateral;
  5. Condições;
  6. Conglomerado.

Esses tópicos abordam, principalmente, a boa-fé do cliente, seu caráter e compromisso em quitar suas dívidas, sua capacidade de honrar avenças por meio dos negócios e outras questões.

O autor também considera aspectos como a estrutura do negócio do cliente, suas formas e níveis de produção e comercialização, além de aspectos gerenciais e administrativos, como a capacidade dos gestores de adaptação a ambientes adversos.

Como analisar crédito pessoa jurídica: solução para inadimplência

É importante que a empresa planeje bem como fazer uma análise de crédito correta para os seus negócios. O gestor deve listar:

  • relatórios e documentos serão exigidos dos clientes (balanços, declarações de imposto de renda, holerites);
  • índices deverão ser calculados (índice de liquidez, de endividamento, taxa de retorno sobre investimento);
  • provedores de informação de dados deverão ser consultados;
  • e as referências do cliente — respeitando, é claro, os limites legais existentes.

O cenário econômico deve sempre ser levado em consideração, então é importante permanecer atento a outros indicadores que possam influenciar, direta ou indiretamente, no futuro pagamento do crédito oferecido.

Caso o seu cliente pretenda investir em um negócio incerto para o momento, por exemplo, disponibilizar um valor de crédito elevado pode não ser uma boa estratégia.

É evidente que o crédito seja um importante meio para atravessar tempos de crise, mas, caso não seja bem administrado, pode se tornar mais um problema — e não uma solução.

Isso porque essa medida pode transmitir uma falsa sensação de segurança decorrente dos altos índices de vendas ou prestação de serviços. Porém, se tal avanço não for acompanhado pelo ingresso de recursos, o mal planejamento poderá levar a empresa a falência.

Por outro lado, nem sempre a restrição de crédito é a melhor solução. Restringir muito pode impactar na carteira de clientes e prejudicar as vendas. A criação de padrões para identificar o perfil do cliente – e o tipo de crédito para cada um – é uma das formas de solucionar esse impasse.

É preciso ter cautela, mas também criar parâmetros para que as oportunidades de negócio não sejam perdidas.

Como analisar crédito pessoa jurídica: o papel da tecnologia

Sabemos quão importantes são as medidas preventivas na hora da concessão de crédito, sobretudo em um cenário economicamente fragilizado em que os riscos de inadimplência só aumentam. Por isso, se valer de métodos inovadores para proceder com a análise de crédito é uma necessidade .

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Além disso, é importante levar em consideração os impactos negativos que os processos manuais podem gerar para a operação. A demora na tomada de decisão, os gargalos causados pelos procedimentos e a falta de segurança são apenas alguns exemplos.

Nesse contexto, a tecnologia proporciona uma grande contribuição, visto que disponibiliza uma série de recursos para tornar o procedimento de análise mais detalhado, ágil e seguro para o empresário. Podemos citar como exemplos desses recursos:

  1. business intelligence;
  2. machine learning;
  3. big data;
  4. sistemas de automação, entre outros.

Veremos, a seguir, como cada um desses conceitos são aplicados nos processos de concessão de crédito.

BUSINESS INTELLIGENCE

Na era da comunicação e da alta conectividade, uma gigantesca quantidade de informações circula diariamente por todos os cantos e meios de comunicação. Todo esse imenso volume de dados pode ser a base para o estabelecimento de parâmetros, realização de pesquisas, monitoramento da concorrência e do mercado como um todo. Essa estratégia é conhecida como Business Intelligence (BI).

Na análise de crédito, o BI pode tornar o processo muito mais seguro e amplo, pois permite à empresa gerar estatísticas altamente confiáveis e pontuais a partir da coleta de informações que circulam pela rede, por exemplo.

Essa inteligência de negócios cria rotinas analíticas preditivas que são implementadas na análise de crédito. Confrontando os dados fornecidos pela empresa, que solicita o crédito com as informações disponíveis no mercado, é possível garantir mais agilidade na análise, identificar mais facilmente os riscos da operação e embasar a tomada de decisão.

MACHINE LEARNING

Um dos grandes benefícios trazidos pela tecnologia na análise de crédito é, sem dúvida, o melhor aproveitamento de dados e informações das empresas. Sejam eles internos ou externos. A implementação de soluções capazes de coletar dados do mercado e da internet, por exemplo, é a chave para processos financeiros mais concretos e seguros.

Nesse ponto, o machine learning — ou aprendizado da máquina, em tradução literal — é um exemplo de recurso que está otimizando significativamente a análise de dados e a automatização de modelos analíticos importantes na concessão de crédito.

Por meio desse conceito, as empresas têm à disposição um sistema capaz de aprender de forma autônoma. Do mesmo modo, conforme as novas informações são obtidas em uma base de dados.

Assim, a análise de crédito está sempre atualizada com a realidade de quem solicita. Pois, a tecnologia machine learning é capaz de gerar perfis analíticos e aprofundar na análise dos dados.

BIG DATA

O big data está intimamente ligado aos conceitos apresentados nos tópicos anteriores. Big data é, hoje, a fonte de praticamente todas as informações e dados importantes para uma concessão de crédito segura.

Como praticamente tudo que fazemos possui conexão com a internet, é comum que dela se possa obter informações valiosas sobre empresas, indivíduos e o que mais for útil para a tomada de decisão. Para ter ideia da amplitude dos dados obtidos com essa ferramenta, atualmente é possível falar em utilização das redes sociais para auxiliar no processo de análise de crédito.

SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO

É a partir desses sistemas que as empresas podem, rapidamente, reunir informações sobre seus clientes, traçar perfis e gerenciar os riscos das suas operações de crédito. Seriam, pois, a base para saber como analisar crédito pessoa jurídica de forma correta e, também, uma estratégia essencial para o trabalho dos analistas.

Apesar disso, um software de ponta é aquele capaz de aliar as tecnologias de big data, business intelligence e machine learning em um só contexto.

Os sistemas de automação de crédito já são usados em muitos negócios, visto que a agilidade nesse processo é um dos principais diferenciais na hora de fidelizar clientes e aumentar as conversões, o que é conseguido a partir desses sistemas.

O investimento em ferramentas desenvolvidas com os recursos apresentados acima vai proporcionar diversos benefícios para a sua análise de crédito. Além de tornar os processos mais avançados, a empresa terá maior segurança ao lidar com as informações de crédito, o que reduzirá os riscos de inadimplência na sua empresa.

Gostou do assunto? Veja abaixo o que preparamos para você entender as suas necessidades do seu negócio, entre em contato, esperamos por você!

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Até mais!

Simone Silvano

Deps – Além da análise de crédito

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