Desde que o mundo é mundo, a concorrência faz parte dos negócios. Os primatas disputavam quem pegava a melhor presa, já os comerciantes e prestadores de serviços enfrentam desafios desde a época do escambo. E uma coisa que continua sendo fato, independente da época, é que quem tem a melhor estratégia se destaca. Por isso, surgem práticas como o benchmarking para alavancar negócios com base em estudos da concorrência.
O benchmarking objetiva o lucro, ou melhor, visa aumentar a lucratividade de empresas, assim como a sua. Afinal, muitos empresários, gestores e profissionais de diferentes áreas sonham em ver os seus negócios prosperarem. No entanto, para que o sucesso dure é preciso que os negócios sejam sustentáveis.
E não há nada melhor que aprender com quem, assim como você, está no mercado. Por isso, é importante aplicar técnicas que visam compreender potencialidades e fraquezas da área. Confira então o conteúdo que trouxemos sobre benchmarking.
O que é benchmarking?
Se você está entre os que não sabem o significado desta palavra até o atual momento, não se preocupe. Nós vamos abordar sobre o tema a seguir.
De origem inglesa, o termo deriva de Benchmark, que em bom português seria o equivalente à palavra referência. E a sua aplicação indica a realização de grandes análises e pesquisas com empresas em destaque no seu segmento, regional, nacional e/ou mundial.
Logo, o benchmarking seria o ato de usar a experiência de outras empresas como referência para avaliar o próprio posicionamento de mercado e aprimorar processos, produtos e serviços.
Sendo assim, essa ação gera mais produtividade e pode também otimizar os lucros do seu negócio, pois se há empresas no topo, elas também trilharam caminhos de erros e acertos para estarem lá. A você, basta o interesse de utilizar isso como inspiração para aplicar no seu empreendimento.
Os 4 pilares de Benchmarking
Falando agora um pouquinho de história, por coincidência ou não, a Xerox foi uma das primeiras empresas a aplicar técnicas de benchmarking na sua estratégia de negócios nos anos 70.
A partir deste marco, as concorrentes dela também passaram a utilizar a prática a favor dos negócios. Assim, tornou-se uma ferramenta estratégica de melhorias para alavancar resultados.
Tanto se popularizou, que hoje o benchmarking possui uma base metodológica com 4 pilares que sustentam a prática. O principal objetivo é garantir a integridade das informações obtidas para poder validar com aplicação de melhorias aos negócios.
Confira quais são os pilares:
1. Reciprocidade
O Benchmarking precisa ser encarado como uma parceria já que, em alguns casos, é relevante que a empresa consultada permita o acesso a informações menos divulgadas. Para isso, ela precisa ter segurança das suas intenções e estar disposta a compartilhar conhecimento.
2. Analogia
É possível realizar trocas com empresas de diferentes segmentos, basta adaptar a informação recebida à realidade dos negócios. Também é possível pensar nos resultados atrelados a questões organizacionais, culturais ou de estrutura. Um exemplo é ver como funciona o departamento de crédito e cobrança de uma grande empresa, fluxos de trabalho e categorização.
3. Medição
Se comparar com os grandes permite elevar o nível de processos e trabalhos da sua organização. Com isso, boas práticas podem ser aplicadas em escala menor no seu negócio, mas com a certeza de que geram bons resultados até para grandes companhias.
4. Validade
É muito importante que os dados e informações compartilhadas sejam reais. Por isso, é até interessante avaliar questões de estrutura de empresas que não sejam do mesmo segmento que o seu. Com isso, a abertura tende a ser maior e a validade da pesquisa será mais fidedigna com a realidade do mercado, já que muitas empresas entendem que manter segredo de tudo é que manterá os negócios de pé. E na verdade, o que faz isso são essas trocas que ajudam a crescer com o mercado.
Colocando em prática o benchmarking
Para o começo dessa prática, é preciso olhar para dentro do seu negócio. Tão importante quanto analisar a concorrência é entender que diferença isso faz para a sua empresa.
Para melhorar processos e aplicar conhecimentos aprendidos, é preciso fazer o dever de casa e entender cada questão da empresa da qual você faz parte hoje. Só assim é possível compreender onde melhorias se fazem necessárias e como aplicá-las.
No setor industrial, essa prática ganha o nome de engenharia-reversa. Afinal, os estudos podem incluir processos de desmontagem de máquinas e equipamentos para entender o processo construtivo e de funcionamento. Com isso, é possível se comparar com gigantes do mercado e entender onde seu produto ou serviço precisa melhorar a partir de agora.
Lembrete: vale reforçar que nem tudo o que você cria de ideias nessas pesquisas pode ser aplicado agora no seu negócio. Com isso, é prudente avaliar e reavaliar questões para não se antecipar e investir em algo que não trará bons resultados.
Aplique benchmarking na análise de crédito
Quando o assunto é análise de crédito, muitas empresas estão utilizando as mesmas práticas desde a época do escambo. Precisa conhecer as pessoas para liberar o crédito e esse varia conforme o grau de afinidade, quanto mais simpático, mais tem.
Se você riu com essa comparação, saiba que muitas empresas não estão nesse nível de análise, mas também estão muito ultrapassadas em suas práticas. E para mudar esse cenário é importante conhecer outros que já estejam dando certo.
É preciso estar atento ao mercado, e o benchmarking permite que você esteja alinhado com práticas e tecnologias que tornam esta área muito mais produtiva e assertiva. Já que uma concessão de crédito ruim pode impactar os negócios de uma pequena empresa.
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