Em um período marcado pelas incertezas na economia, é importante conhecer a relação entre os juros bancários e o aumento da inadimplência. Ainda que a Taxa SELIC tenha experimentado uma leve redução — o que não acontecia há 4 anos —, as empresas continuam sofrendo com o impacto da alta dos juros.
No post de hoje, explicaremos como essas taxas de juros causam efeito no aumento da inadimplência.
Continue a leitura e confira!
Juros bancários x Taxa SELIC
Normalmente, os juros bancários acompanham a taxa básica (SELIC), que por sua vez é fixada pelo Banco Central como instrumento de controle da inflação. O que se pode observar, contudo, é que os juros bancários vêm crescendo em uma escala muito maior do que vinha ocorrendo com a SELIC.
Bastante contestados até mesmo por economistas internacionais, os elevados juros bancários aplicados no Brasil causam impacto tanto nas empresas quanto nas finanças dos consumidores. Tal cenário, aliado a outros fatores, contribui para o forte aumento da inadimplência.
Os juros cobrados pelos bancos no Brasil estão entre os maiores do mundo, o que possibilita a constante alta do “spread bancário”. O “spread” é um índice calculado pela diferença entre o que os bancos pagam de remuneração pelos recursos captados (como a caderneta de poupança – no caso das pessoas físicas) e o que cobram nas operações de crédito.
O aumento da inadimplência traz consequências às empresas
Com a alta dos juros nos empréstimos bancários, aliada ao salto no índice de desemprego, a taxa de inadimplência entre os clientes vem apresentando um crescimento acentuado nos últimos anos.
As consequências para as empresas são inevitáveis, embora possam ser atenuadas. No varejo, em especial, a situação é mais crítica, já que a partir do momento em que o consumidor não consegue mais quitar suas dívidas, a empresa dispõe de menos recursos para honrar seus compromissos, prejudicando a renovação dos estoques e o relacionamento com os fornecedores.
Com isso, o risco de inadimplência cresce também entre as empresas, o que pode culminar em cortes no quadro de funcionários, causando mais desemprego e, consequentemente, mais pessoas endividadas. Além disso, a restrição no crédito desacelera o consumo, comprometendo também as vendas.
Crise exige cuidados na análise de crédito
Diante de um cenário de incertezas, bancos e empresas buscam medidas para se resguardarem ao máximo. Uma das estratégias adotadas, no caso dos bancos, é justamente o aumento dos juros, o que limita o número de pessoas em condições de contrair empréstimos. Para as empresas, uma análise de crédito mais criteriosa ajuda a reduzir o risco de inadimplência.
A recessão sofrida pelo país nos últimos anos vem causando efeito altamente nocivo na saúde financeira das empresas. Apesar de um prolongado período de alta, a Taxa SELIC não tem mostrado forças para, por si só, refrear a escalada da inflação (o que deveria ocorrer naturalmente, com a redução do consumo), agravando ainda mais a situação.
Como você pôde ver, os juros bancários afetam diretamente a economia do país, sendo grandes responsáveis pelo aumento da inadimplência das empresas, aliados a outros fatores, como a inflação e o desemprego.
Em momentos de crise, torna-se cada vez mais importante zelar pela segurança na análise de crédito e reduzir a margem de risco.
Tem alguma dúvida sobre o assunto? Olha o que preparamos abaixo para ajudar você e sua empresa a identificar as suas necessidades.
Para não perder os próximos conteúdos, aproveita a sua visita ao nosso blog e segue as nossas redes sociais. Estamos no Facebook, Instagram, YouTube e Linkedin.
Até mais!